Oração

Mateus 6.9

Definição

Comunicação direta e pessoal entre os seres humanos e Deus.

Através da oração, os que creem expressam suas adorações, confissões, ações de graças, e petições a Deus.

Propósito

  1. Comunicação com Deus: A oração é um diálogo com Deus. É um meio pelo qual os crentes falam com Deus e, por sua vez, ouvem Sua resposta. Isso pode incluir louvor, confissão de pecados, ações de graças e pedidos de ajuda.
  2. Expressão de Dependência e Fé: A oração demonstra a dependência dos crentes em relação a Deus. Ao orar, os crentes reconhecem que precisam de Deus para orientação, provisão, perdão e apoio.
  3. Relação Pessoal com o Pai: A oração fortalece o relacionamento pessoal com Deus. É uma maneira de conhecer mais profundamente a vontade de Deus e de alinhar o coração e a mente com a Sua vontade.

Tipos

  1. Adoração e Louvor: Reconhece a grandeza, a santidade e a soberania de Deus. Salmo 145.
  2. Confissão: Admite os pecados e pede perdão. (Salmo 51).
  3. Ação de Graças: Expressa gratidão por bênçãos e respostas às orações. (1 Tessalonicenses 5:18).
  4. Intercessão: Ora pelos outros, pedindo a intervenção de Deus em suas vidas. (Efésios 6:18).
  5. Petição: Faz pedidos pessoais a Deus, buscando ajuda, provisão ou orientação. (Filipenses 4:6).
  6. Meditação: (Josué 1.8; Salmo 1.1-3).

Fundamentos Bíblicos

  1. Mandamento de Orar:
    1. A Bíblia instrui os crentes a orar continuamente (1 Tessalonicenses 5:17)
    2. A apresentar todas as suas necessidades a Deus (Filipenses 4:6).
  2. Exemplos de Oração:
  1. Jesus: Jesus frequentemente se retirava para orar e ensinou Seus discípulos a orar, incluindo a oração do Pai Nosso (Mateus 6:9-13).
  2. Davi: Muitos dos Salmos são orações de Davi, expressando uma ampla gama de emoções e necessidades (Salmo 51)
  3. Daniel: Daniel orava regularmente, mesmo diante da perseguição (Daniel 6:10).
  4. Promessas Relacionadas à Oração: A Bíblia contém muitas promessas relacionadas à oração, incluindo a promessa de que Deus ouvirá e responderá (Jeremias 33:3; João 14:13-14).

Condições para a Oração Eficaz

  1. : Orar com fé, acreditando que Deus é capaz de responder (Marcos 11:24).
  2. Persistência: Continuar orando sem desanimar (Lucas 18:1-8).
  3. Sinceridade e Honestidade: Aproximar-se de Deus com um coração sincero (Hebreus 10:22).
  4. Conformidade com a Vontade de Deus: Orar segundo a vontade de Deus (1 João 5:14-15).
  5. Confissão de Pecados: Manter um coração puro diante de Deus (Salmo 66:18; 1 João 1:9).

Respostas

  1. Sim, conforme pedido: Às vezes, Deus concede exatamente o que foi pedido. Jesus encoraja os crentes a pedir em Seu nome, com a promessa de que receberão (João 14:13-14).
  2. Não. Há momentos em que a resposta de Deus é “não” porque Ele tem um plano melhor ou diferente para a pessoa que está orando.
    1. Paulo (2 Coríntios 12:7-9).
    2. Jesus no Getsêmane (Lucas 22.41-42)
  3. Espere. Deus pode pedir que a pessoa espere pela resposta. A espera pode servir para desenvolver a paciência, a fé e o caráter. Salmo 27:14
  4. De maneira diferente do esperado. Às vezes, Deus responde às orações de uma forma que a pessoa não esperava. Pode não ser exatamente o que foi pedido, mas é uma resposta que cumpre a necessidade ou propósito mais profundo. Efésios 3:20.
  5. Provisão de paz. Mesmo quando a resposta não é visível ou imediata, Deus pode conceder paz e força para enfrentar a situação. (Filipenses 4:6-7).
  6. Provisão de força. (Efésios 6.10).
  7. Através de outras pessoas: Deus muitas vezes usa outras pessoas para responder às orações. Isso pode ocorrer por meio de apoio, conselho, ou ajuda prática de amigos, familiares ou até mesmo estranhos. (Provérbios 11.14; 15.22; Gênesis 41.38)
  8. Direção e sabedoria: Em resposta às orações, Deus pode conceder sabedoria e direção. (Tiago 1:5)
  9. Sonhos: Deus muitas vezes usou sonhos para comunicar Sua vontade e responder às orações. (Gênesis 37:5-11; Mateus 1:20-24; 2:13, 19-20).
  10. Circunstâncias da vida. Ele pode orquestrar eventos e situações para cumprir Sua vontade e revelar Suas respostas. (Ester 4:14; Atos 16:6-10)

Tempo de resposta

  1. Tempo oportuno (2 Coríntios 6.2; 1 Pedro 5.6)
  2. Plenitude do tempo: no momento do kairos o kronos transborda (Gálatas 4.4)

Certezas de resposta

  1. Pensamentos de paz (Jeremias 29.11)
  2. Cuidado (João 10.11-15)

Religião, Culto e Igreja

Introdução

Gênesis 3:8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.

• O hábito do convívio diário entre Deus e os homens.
• Na queda, o homem sente saudades desse convívio, o que produz nele um vazio impreenchível.
• O homem caído é essencialmente religioso.

Romanos 2:14-15

• O homem caído têm o bem e o mal, o certo e o errado gravados em sua consciência, por natureza.
• Essa consciência é um resquício da divindade no espírito do homem, criado à imagem de Deus.
• A trajetória espiritual do homem caído se orienta pela busca (humanismo), pela negação (ateísmo) ou pela autodivindade (narcisismo).

2 Pedro 3:16.

• Deturpação da imagem de Deus – o homem cria um deus idealizado segundo suas necessidades.
• Deturpação da idolatria – o homem cria uma imagem que obscurece a imagem real de Deus, o que culmina no autoengano.
• Deturpação da manipulação – o homem se torna um manipulador ou um manipulado em relação aos seus iguais.

O culto no período patriarcal

  1. Um culto baseado em sangue, encerrado em Cristo: Hebreus 1.1-10.
  2. Um culto com três mandatos: Gênesis 1.27- 2.3.
    a. Social – família e relações humanas.
    b. Cultural – trabalho .
    c. Espiritual – o descanso do sábado (descanso, comunhão, celebração e culto).
  3. Os primeiros cultos:
    a. Abel e Caim – reflete a compreensão do sangue e dos sentimentos interiores (Gênesis 3.7,21; 4.4-5).
    b. Noé – Deus se agrada do culto e estabelece estações definidas (Gênesis 8.20-22).
    c. Abraão, Isaque e Jacó – os altares são construídos sob as árvores, perto dos rios ou poços, ou sobre os montes, conforme a experiência que cada um tem com Deus (Gênesis 13.14-15; 26.23-25; 28.10-22).

O culto no deserto

  1. Desintoxicação aos pés do Monte Sinai – um assentamento circular com um tabernáculo ao centro (Números 2.2).
    a. Restauração da referência familiar.
    b. Restauração do senso comunitário.
    c. Restauração da centralidade de Deus na vida pessoal e comunitária.
  2. Um local oficial de culto – Tabernáculo.
    a. O átrio – Altar de bronze e bacia de bronze.
    b. Lugar santo – Mesa para os pães da proposição, Candelabro de ouro e Altar do incenso.
    c. Santo dos santos (santíssimo) – Propiciatório e Arca da Aliança
  3. Objetos da Arca da Aliança:
    a. Tábuas da Lei – aponta para a Palavra de Deus (Verbo).
    b. Vaso com Maná – aponta para o Pão que desceu do Céu e sustenta a vida.
    c. Vara de Arão – Um cajado que floresceu, aponta para a morte e ressurreição.
  4. Características do culto:
    a. Sábado – santa convocação: memorial da criação e da redenção.
    b. Sacrifícios – holocaustos, ofertas de manjares, sacrifícios pacíficos.
    c. Festas anuais – Páscoa e pães asmos, Pentecoste, Tabernáculos.

Do tabernáculo ao templo

  1. Sinal da soberania de Deus sobre seu povo.
    a. Casa de Oração – Isaías 56.7.
    b. Casa de Adoração – Salmo 138.2.
    c. Casa de Respostas – 2 Crônicas 7.14-15
  2. A trajetória do templo.
    a. O templo de Salomão assiste à ascensão da idolatria – destruído por Nabucodonosor.
    b. O templo de Zorobabel – inferior ao primeiro, não recebe tanta atenção dos remanescentes judeus, levitas e benjaminitas. Não abriga a Arca da Aliança.
    c. O templo de Herodes – não era unanimidade entre os remanescentes e foi destruído no ano 70.
  3. O culto nas sinagogas:
    a. Adoração e Explicação da Palavra – Neemias 8.1-8.
    b. Comentários da comunidade – Atos 13.15.
    c. Liturgia da sinagoga:
    i. Oração de adoração, reconhecendo a Glória de Deus.
    ii. Confissão de pecados.
    iii. Momento de gratidão.
    iv. Intercessões.
    v. Leitura e ensino.
    vi. Declarações de fé – recitação da Shemá (Deuteronômio 6.4-9).
    vii. Benção araônica.
    viii. Obs.: Os momentos eram divididos por canções do saltério, que eram acompanhados por instrumentos que ocasionalmente tocavam um interlúdio indicado pela palavra “Selá” (Pare e pense).

A igreja primitiva

  1. Cegueira espiritual dos judeus na época de Cristo:
    a. Engano de Satanás.
    b. Tradição dos anciãos.
    c. Espiritualidade cotidiana ausente.
    d. Ambiente pagão sincrético.
  2. A fundação da igreja.
    a. A operação de “chamar os eleitos” – Mateus 16.13-18; 28.19-20; Atos 1.8
    b. O fim da centralidade do templo – Mateus 27.51
    c. O fim do culto judaico – Hebreus 3.1; 4.14; 9.24; 10.1-4, 20.
    d. Um novo ritual – Mateus 26.26-29; 1 Coríntios 11.23-26.
    e. Uma nova marca – Colossenses 2.11-12.
  3. A igreja surge.
    a. Se abre para todos: Atos 2.11; 8.27; 10.1; 9.15.
    b. Se reúne em casas: Romanos 16.5; 1 Coríntios 16.19; Colossenses 4.15; Filemon 1.2.
    c. Vive em comunidade: Atos 2.42-47.

Conclusão
• A sede religiosa do homem se satisfaz em Cristo – João 4.13-14
• Um novo relacionamento – João 4.23-24
• A necessidade de uma liturgia diária individual:
a. Peregrinando ainda em queda – Gálatas 5.17-23
b. Peregrinando num império espiritual – Efésios 6.12-19
c. Peregrinando num sistema implacável – 1 João 2.15-17
• A necessidade de uma liturgia semanal comunitária:
a. Povo espiritualmente forte nas lutas e tribulações – Hebreus 10.25.
b. Povo em constante edificação e consolo – 1 Tessalonicenses 5.11.
c. Povo em constante unidade no amor – João 17.20-24.

O tempo

TEXTO

Eclesiastes 11.10

Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade (sopro, vapor).

CONTEXTO DA ESCRITA

  • ECLESIASTES – “Koheleth”, particípio da raiz do verbo “kahal”, que significa “chamar”, “convocar”, especialmente para propósitos religiosos ou solenes.
    • Eclesiastes, pois deriva das palavras gregas “ek+kaleu” (convocados para uma reunião ou assembleia) de onde vem “ecclesia” do Novo Testamento que corresponde ao “kahal” do Antigo Testamento.
    • Também encontramos como título “O Pregador”, isto é alguém que reúne o povo em torno de si e que estava acostumado a falar em público, nas assembleias do povo de Israel, convocadas em ocasiões solenes.
    • Salomão foi o mais famoso e mais poderoso rei do mundo em sua época, notável por sua sabedoria, riquezas e conhecimentos literários; ver 1Rs 11.4,9.
    • O livro é uma discussão do que é o melhor bem para a vida. O autor chega à conclusão de tudo: “Vaidade de vaidade, diz o pregador, tudo é vaidade” (12.8). Quer dizer que no mundo tudo passa e nada satisfaz completa e permanentemente. O pregador finaliza com o fecho de ouro: “Temei a Deus e guardai seus mandamentos, pois este é o dever de todo homem.”(12.13).
  • AUTOR E DATA.
    • Eclesiastes é, geralmente, creditado a Salomão (cerca de 971 a 931 a.C.), escrito em sua velhice. Este livro também é atribuído a Salomão, isto devido às suas múltiplas experiência da vida; pensa-se que tenha escrito já na sua velhice.
    • O tom pessimista que impregna o livro talvez seja um efeito do estado espiritual de Salomão na época (ver 1Rs 11.1-13).
    • Embora não mencionado em I Reis, Salomão provavelmente recobrou a consciência antes de morrer, arrependeu e voltou-se  para Deus.
  • ASSUNTOS DO LIVRO DE ECLESIASTES
    • Vaidade da vida terrena – Vaidade de Vaidades; Tudo é Vaidade é o tema deste livro.
    • Encerra uma tentativa de resposta filosófica à pergunta: Como viver do melhor modo possível num mundo onde tudo é vaidade?
    • Salomão, sentado segura e pacificamente no trono que o pai erigira, tendo riquezas, honra, esplendor e poder jamais sonhado, luxo fabuloso, era o único homem no mundo a quem os outros poderiam considerar feliz. Contudo, emprega incessante o estribilho “Tudo é Vaidade”; e o livro, produto que era da velhice de Salomão, deixa-nos a impressão clara de que ele não era um homem feliz. A palavra “vaidade” ocorre 37 vezes.
    • Salomão, contudo, viu a vida terrena no que tinha de melhor. Não havia um capricho a que ele não pudesse satisfazer e quando entendesse, parecendo que a principal preocupação de sua vida foi satisfazer tais caprichos, descobrir o melhor partido que podia tirar das coisas. E este livro, que contém de Salomão sua filosofia a respeito da vida, tem a percorrê-lo inexprimível acento patético, como se dissesse: “A vida que vivi foi nada, uma coisa oca. Tudo é transitório e ansiedade de espírito.”
    • Com a vinda de Cristo, a “vaidade” da vida desapareceu. O brado foi respondido. Já não era “vaidade”, senão “gozo”, “paz” e “alegria”. Jesus nunca pronunciou a palavra “vaidade”, mas falou muito do seu “gozo”, mesmo sob a sombra da cruz. “Gozo” é uma das palavras chaves do NT. Em Cristo, a humanidade encontrou o desejo dos séculos: Vida plena, abundante, alegre, gloriosa e eterna.
    • A Eternidade (3:11 Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.)
    • No mais profundo de sua natureza, o homem anseia pelo que é eterno, e a esta ansiedade nada da terra pode satisfazer.
    • Naquela época, Deus ainda não revelara muito a respeito de coisas eternas. Todavia, foi CRISTO quem “trouxe à luz a vida e a imortalidade mediante o Evangelho” (2Tm 1:8-10). Cristo, por sua ressurreição dentre os mortos, deu ao mundo uma demonstração matemática da certeza da vida além-túmulo. Salomão, que viveu mil anos antes de Cristo, não podia ter sobre a vida futura a mesma certeza que Cristo deu mais tarde ao mundo.
  • A ESTRUTURA DA MENSAGEM E SUA LIÇÃO:
    • Quando se olha para a vida com seus ciclos aparentemente intermináveis (1:4) e paradoxos inexplicáveis (4:1; 7:15; 8:8), pode-se concluir que tudo é fútil, já que é impossível discernir qualquer propósito na ordem dos acontecimentos.
    • Apesar disso, a vida deve ser desfrutada ao máximo, com a compreensão de que é o dom de Deus (3:12-13; 3:22; 5:18-19; 8:15; 9:7-9).
    • O homem sábio viverá em obediência a Deus, reconhecendo que Ele, finalmente, julgará todos os homens (3:16-17; 12:14).

NOSSA VIDA NO ESPAÇO-TEMPO

  1. Tempo para tudo
    1. Os ciclos estabelecidos por Deus: Ec 3.1-8
    2. Diante da vaidade da vida eu tenho a escolha de viver um ciclo só ou vários: um bom exemplo é de duas pessoas: uma viaja o mundo e a outra nunca sai do lugar onde nasceu.
    3. Precisamos escolher qual vida mais nos satisfaz, conscientes de que as duas são vaidade.
    4. Os microtempos em nossas vidas foram criados (Gn 1.1) para serem respeitados: Infância, adolescência, juventude, idade adulta e velhice.
  2. Nosso tempo
    1. A identificação dos nossos microtempos nos traz consciência de quem somos.
    2. As necessárias mudanças de fases em nossos microtempos nos trazem saúde mental.
    3. Não há mens sana in corpore sano

Obs.: Mens sana in corpore sano é uma citação latina, derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal. No contexto, a frase é parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida:

Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são.

Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte,

Que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos

Da natureza, que suporte qualquer tipo de labores,

Que desconheça a ira, nada cobice e creia mais nos labores selvagens de Hércules do que

nas satisfações, nos banquetes e camas de plumas de um rei oriental.

Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio;

Certamente, o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.

  1. O respeito ao tempo e a vaidade
    1. No respeito ao tempo, precisamos mudar: José, Moisés, Davi.
    2. No respeito ao tempo, precisamos avançar: (Fp 3:13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,)
    3. No respeito ao tempo, precisamos desistir (1Co 13:11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.).

CONCLUSÃO

  • Não negligenciar os tempos e as épocas (Deus reservou para sua exclusiva autoridade – Jó 39.1)
  • Respeitar o nosso tempo (Gn 17.5; Mt 5.37, 15.11, 26.39; Jo 5.30; Rm 16.18; 1Co 2.5)
  • Carpe diem (Ec 11.10)

APLICAÇÃO

  • Como vejo a divisão do meu tempo?
  • Como classifico os tempos da minha vida?
  • O uso do sim e o não no respeito ao tempo
  • Estou aproveitando o dia?

O reino de Deus

O Reino de Deus se refere, em essência, à soberania e ao domínio de Deus sobre todas as coisas.

1. Soberania Universal de Deus

Ele é o Criador e Governante supremo do universo, e todos os reinos humanos estão sob seu controle. Versículos como Salmo 103:19 afirmam: “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.”

2. Reino de Deus no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, o Reino de Deus é frequentemente associado à nação de Israel, que é vista como o povo escolhido de Deus. Deus governa Israel de forma direta através de leis, sacerdotes e líderes escolhidos. Passagens como Êxodo 19:6 (“E vós me sereis reino sacerdotal e nação santa“) exemplificam essa relação.

3. Reino de Deus nos Evangelhos

Nos Evangelhos, Jesus Cristo anuncia a chegada do Reino de Deus. Esta mensagem é central em seu ministério. Jesus descreve o Reino de Deus como algo que está presente e ao mesmo tempo futuro. Ele realiza milagres e ensina parábolas para ilustrar a natureza do Reino. Em Marcos 1:15, Jesus declara: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.”

Mateus 21:43 “Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos.

4. Reino de Deus como Presente e Futuro

Os ensinamentos de Jesus mostram que o Reino de Deus é tanto uma realidade presente quanto uma esperança futura. Ele está presente onde quer que a vontade de Deus seja feita (Lucas 17:20-21 – ” Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.”), mas também será consumado plenamente no futuro, quando Deus renovará todas as coisas (Apocalipse 21:1-4).

5. Reino de Deus e a Igreja

A Igreja é vista como a manifestação do Reino de Deus na terra. Os cristãos são chamados a viver de acordo com os valores e princípios do Reino, demonstrando amor, justiça e paz. Em Romanos 14:17, Paulo escreve: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.”

6. Reino de Deus na Escatologia

A escatologia cristã trata do Reino de Deus em termos do fim dos tempos. O Reino de Deus será plenamente estabelecido com a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos e o juízo final. Passagens como Apocalipse 11:15 anunciam: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.

Conclusão

O Reino de Deus é um tema abrangente que toca diversos aspectos da teologia bíblica, incluindo a soberania divina, a história de Israel, o ministério de Jesus, a vida da Igreja e a esperança escatológica. Ele é um convite para viver sob a soberania de Deus, experimentando e antecipando o governo perfeito de Deus sobre toda a criação.

Migalhas

Mateus 15.21-28

21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. 22 E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava:

Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada.

23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe:

Despede-a, pois vem clamando atrás de nós.

24 Mas Jesus respondeu:

Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.

25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo:

– Senhor, socorre-me!

26 Então, ele, respondendo, disse:

– Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.

27 Ela, contudo, replicou:

– Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.

28 Então, lhe disse Jesus:

– Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.

Contexo histórico

  • 21 Jesus resolveu fazer uma espécie de retiro – suas tentativas de descanso não tinham dado certo. Ele foi para além das fronteiras da Galileia, para os lados do Norte
  • 22 Uma mulher de cultura grega, de origem cananeia (inimigos dos semitas) ouviu falar de Jesus começou a andar atrás de Jesus pedindo a ele que curasse sua filha – a doença era de origem demoníaca.
  • Marcos conta que Jesus estava numa casa, mas não pode ocultar-se (7.24) – a mulher entrou na casa e se prostrou aos pés de Jesus, o adorou pedindo socorro para sua filha
  • 27 A mulher revela sua fé através da sua profunda humildade
  • 28 Jesus realiza o seu pedido e a elogia
  • Que lições ela pode me ensinar?
  1. A lição do reconhecimento 22
    1. Reconheceu quem é Jesus 22
      1. Senhor
      1. Filho de Davi
      1. Compassivo
      1. Único que pode resolver (Ela poderia ter tentado a intercessão dos discípulos)
    1. Ela reconhece que Ele é o único que pode resolver o seu problema
      1. Não há outro mediador (1 Timóteo 2.5)
      1. Ninguém vai ao pai (João 14.6)
      1. Não há outro nome que se possa referir (Atos 4.12)
    1. Ela reconhece que há problemas que a ciência e a razão não resolvem
      1. Nem médicos, nem advogados, nem governantes
      1. Nem apelos, nem diálogos, nem conversas
      1. Marcos 10:27 Jesus, porém, fitando neles o olhar, disse: Para os homens é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível
  2. A lição da fé no suportar
    1. Sua fé a fez suportar
      1. Suportou o silêncio 23
      1. Suportou a impressão de que não foi ouvida 23
      1. Suportou a frustração 24
      1. Suportou ouvir a razão para não ser atendida 24,
      1. Suportou ouvir que o que ela pedia não era bom para Jesus 26
    1. Sua humildade foi tanta, que tivemos a impressão de que sua fé era pequena 28
      1. É na humildade que descobrimos a fé
      1. Jesus contempla a nossa fé
  3. A lição da fé na resistência 25
    1. Sua fé a fez resistir
    1. Pediu e replicou 22, 23, 25, 27
    1. Se contentou com o suficiente, mesmo sabendo que o suficiente era pouco 27
      1. Migalhas do poder de Jesus lhe atenderiam
      1. Migalhas da palavra de ordem de Jesus lhe satisfariam
    1. Jesus a atendeu, mas a pergunta que ficou é: Quem expulsou o demônio? (28 Faça-se contigo como queres) – Jesus concedeu o seu poder libertador para o desejo de mãe daquela mulher (Eu quero que minha filha seja liberta)

Conclusão

  1. Reconhecimento para clamar
    1. Somente a Jesus
    1. Ele é um Senhor compassivo e o único que pode resolver
  2. Suportar sem deixar de adorar
    1. Pelo que ele é em sua vida – criador, sustentador, salvador, redentor
    1. Pelo que ele faz em sua vida – sustenta, fortalece, ajuda, concede vitórias diárias
    1. Pelo que você crê que ele pode fazer em sua vida – o modelo é a bíblia
  3. Resistir
    1. Mesmo que pareça que não foi ouvido
    1. Mesmo que não tenha motivo para ser atendido
    1. Mesmo que a sua fé pareça pequena.
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